Vladimir Vladimirovich Putin é atualmente o primeiro-ministro da Rússia. Putin nasceu entre os trabalhadores de fábrica de Leningrado ( St. Petersburg) e foi criado em um apartamento dividido entre várias famílias. Seu pai, um capataz de fábrica, morreu em 1999 e sua mãe, meses depois. Formou-se em Direito pela Universidade de Leningrado, onde teve contato com Anatoli Sobchak, que viria a ser prefeito daquela cidade.
Depois de formado, Putin passou 15 anos como agente da KGB, tendo se baseado na década de 1980 em Berlim Oriental e depois no lado ocidental, onde aprendeu a lidar com os meandros comerciais de grandes empresas. Em 1990 retornou a Leningrado como assistente do reitor da universidade, entrou para apolítica como deputado nomeado e logo juntou-se à administração do então prefeito Sobchak, tornando-se o primeiro vice-prefeito.
Após a derrota de Sobchak em 1996, foi levado a Moscow por AnatoliChubais, para participar da administração presidencial. Recrutado pelo Kremlin, ascendeu rapidamente, tornando-se chefe do FSB, (Federal Bureau de Segurança) a sucessora da KGB.Pouco tempo depois, o então presidente russo em exercício, Boris Yeltsin, indicou-lhe para líder do Conselho de segurança, em agosto de 1999 foi nomeado primeiro-ministro por Yeltsin, que o indicou como seu sucessor quando demitiu-se em 31 de dezembro do mesmo ano. E Putin assumiu a presidência da Rússia enquanto o páis esperava por novas eleições. Putin foi eleito com quase 53% dos votos e tomou posse em maio de 2000. Putin é conhecido por seu pragmatismo e tornou-se popular por ter demonstrado conhecer a fundo os problemas da sociedade e da economia russas e por declarar sério combate à corrupção. Ao longo da 1ª década do século angariou popularidade e admiração, não só entre os mais jovens como também entre seus adversários.
Como presidente, tentou ocidentalizar a União Soviética então em ruínas e conseguiu impulsionar uma nova Rússia com a promessa de aniquilar os rebeldes e combater os terroristas, tornando-se estrela de bem orquestrada campanha de comunicação na mídia, que lhe rendeu 46% de popularidade.
Nas eleições de março de 2004, Vladimir Putin foi reeleito presidente da Rússia e, quatro anos mais tarde, como não era possível se candidatar à reeleição, foi substituído por Dimitri Medvedev e em maio desse mesmo ano, passou a ser primeiro-ministro.
Recentemente, Putin foi alvo de enormes ataques da mídia internacional, por ter sido o autordeum plano silencioso de invasão da Crimeia, província da Ucrânia. Em 18 de março último, a invasão veio à baila, quando um grupo armado pró-Rússia atacou uma pequena base do Exército ucraniano em Simferopol, assassinando um oficial e ferindo outro. Até então, a invasão vinha ocorrendo sem derramamento de sangue.Durante o mês de fevereiro, milhares de soldados foram mandados silenciosamente para as bases russas situadas na Crimeia, conforme um antigo tratado entre Kiev e Moscou. Alguns voluntários civis também foram enviados para essas unidades. O plano vinha sendo executado secretamente e obteve sucesso.
Depois de enorme celeuma entre os dirigentes de vários países da Europa unidos a Barack Obama dos EUA, que ameaçaram com retaliação econômica à Rússia e a Putin, o povo da Criméia compareceu às urnas e votou a favor da anexação da Criméia à Rússia, porém, acredita-se,sob fortes pressões. No último dia 21 de março, após o referendum, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou a lei que finaliza o processo de anexação da península da Crimeia. De acordo com a legislação russa, a região, que desde 1954 pertencia à Ucrânia, agora faz parte do território russo.A anexação, que recebeu fortes críticas da comunidade internacional, ocorreu um dia após o anúncio das sanções econômicas e diplomáticas dos Estados Unidos e da União Europeia, impostas à Rússia. A assinatura aconteceu menos de uma semana depois do referendo realizado no último dia 16 de março. Saiba mais sobre a crise da Criméia em http://noticias.uol.com.br/internacional/listas/10-links-para-entender-a-crise-na-ucrania-e-suas-possiveis-consequencias.htm.
Putin, que costuma zelar por sua privacidade, parece ter sido alvo da mais forte exposição de sua vida, depois de tamanho disparate. Após ter conquistado o mundo e o seu povo com a reputação de ser um bom presidente e organizador político, de ter se tornado o mais popular presidente entre os jovens e de levar a fama de um bom psicólogo de massas, Putin está ameaçado de perder totalmente o seu carisma e popularidade. Só o futuro nos dirá.